Você conhece a história do Ballet Paquita? Essa é uma das apresentações que fazem bastante sucesso até hoje. Contudo, com o passar do tempo, poucas são as fontes que sobreviveram da sua versão original. Foi por isso que, quando Pierre Lacotte se propôs a refazer a obra em 2001, ele se baseou em um conjunto misto de materiais ao qual teve acesso previamente.
A versão apresentada hoje mantém a estrutura francesa com a inclusão do pas de tois russo e alguns dos solos, que ficaram famosos nas apresentações do século XX. Por esse motivo, ela não é considerada uma remontagem histórica feita ao pé da letra, mas uma montagem nova e mais autoral, com o que o coreógrafo entende que é Paquita.
Neste post, reunimos algumas curiosidades sobre esse balé para que você se fascine ainda mais com essa história cheia de coreografia. Confira!
Primeira encenação
A primeira encenação desse balé foi coreografada por Joseph Mazilier, com música de Edouard Delvedez. A estreia mundial aconteceu no dia 1º de abril no ano de 1846, no local onde, atualmente, se encontra a atual Ópera de Paris. Lá, foi mantida como repertório fixo até 1851.
Em 1847, o espetáculo foi encenado pela primeira vez na Rússia para o Ballet Imperial de São Petersburgo. Nessa ocasião, os responsáveis, Marius Petipá e Pierre-Frédéric Malavergne, produziram um avivamento do balé, ao qual adicionaram novas partes — compostas especialmente por Ludwig Minkus.
Bailarinas que fizeram esse papel
A primeira bailarina a interpretar o papel de Paquita, na estreia do espetáculo em 1846, foi Carlotta Grisi. Já na sua versão em São Petersburgo, quem deu vida à personagem foi Yelena Andreyanova. A partir de 1851, quem assume o papel é Ekaterina Vazem. Outras grandes bailarinas famosas também fizeram o papel de Paquita entre as diferentes versões da obra. Entre elas, Anna Pavlova, que desenvolveu o espetáculo na sua própria companhia, e Natalia Osipova, que se apresentou no Royal Opera House.
Versão mais conhecida do Ballet Paquita
A versão mais conhecida desse espetáculo, curiosamente, não foi a sua primeira. A que ganhou mais notoriedade foi a organizada por Petipá e Malavergne, na Rússia. Ambos também foram responsáveis pela encenação mais famosa de Dom Quixote, o que torna os dois balés muito similares.
Como uma amostra do classicismo, Petipá acrescentou à apresentação, em 1881, uma coda de pas de trois ao primeiro ato. Para o último ato, incluiu um divertissement e a famosa “Mazurka des enfants“. Na Rússia, diferentemente de Paris — onde o balé desapareceu na metade do século XIX —, a Paquita continuou a ser apresentada até o século XX. Nessa ocasião, a coreografia de Mazilier acabou por se perder e, por isso, o balé passou a ser conhecido como “Gran Pas de Petipá”.
Diferentes versões
Outras versões do balé também foram executadas desde a sua criação. Entre as mais famosas, estão as de Danilova, Natalia Makarova, George Balanchine, Olev Vinogradov e Rudolf Nureyev — onde Margot Fonteyn dançou com ele e fez parte dos papéis principais. A versão de Pierre Lacotte, desenvolvida com exclusividade para a Ópera de Paris em 2001, reviveu a coreografia de Mazilier com as adições de Petipá. Outras versões também fizeram homenagens às apresentações originais.
Como você pôde perceber, o Ballet Paquita é cheio de curiosidades interessantes que o fizeram ser o sucesso que é até hoje. Mesmo que não seja praticado à risca como era feito em sua versão original, as apresentações mais recentes mantêm a alma do espetáculo e contam com características das primeiras versões, como os figurinos utilizados.
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