Teatro, dança, humor e um triângulo amoroso que há séculos inspira as máscaras dos carnavais em todo o mundo. Você provavelmente já ouviu falar em Arlequim, Pierrot e Colombina. O trio que nasceu nas ruas da pequena Veneza do séc. XVI e disseminou a commedia dell’arte pela Europa.
Entre enredos divertidos e cheios de críticas sociais, os protagonistas contam a história de uma charmosa serviçal dividida entre o amor platônico e a paixão ardente de dois homens. Colombina é a bela jovem responsável por despertar o amor de Pierrot, um empregado introspectivo e muito honesto, mas que não tem coragem de se declarar à amada. Ele escreve cartas que jamais são entregues e sofre calado ao ver Colombina partir com Arlequim. Este, por sua vez, é sedutor, carismático e namorador. Afável, rouba as atenções de Colombina, que decide casar-se com ele – partindo o coração de Pierrot.
No entanto, a dupla passa a viver momentos difíceis e de muita escassez na nova vida. É nessa hora que Colombina encontra uma das cartas escritas por Pierrot e descobre o seu amor secreto por ela. Ao perceber a pureza do sentimento de Pierrot, Colombina deixa Arlequim e reencontra seu grande admirador. Os dois passam a viver juntos, em um relacionamento feliz, porém a volúvel personagem ainda espera encontrar Arlequim nos carnavais.
O romance que popularizou o uso das máscaras em peças teatrais ainda hoje é lembrado em todo o mundo. Principalmente no carnaval, época em que os foliões se caracterizam com roupas típicas do enredo italiano e pintam os rostos. O figurino de Colombina e Arlequim é bastante parecido, com losangos desenhados por toda a parte. Já Pierrot, usa camisa e calças brancas, com grandes botões pretos, além de um gorro na mesma cor. O principal artigo, no entanto, é a gola – geralmente produzida em tule.
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